Mensurar o investimento em Gestão do Conhecimento é um importante ponto de atenção no momento de propor ações. Ainda mais que são poucas as empresas que implementam programas integrados de GC no Brasil (dados de pesquisa que vi dizem que 8% das empresas participantes daquele levantamento têm equipes específicas para ações de GC e somente 9% possuem orçamento para essa área).
O maior erro que pode ter é um programa de GC, que embora pareça absorver vários tipos de abordagens teóricos e práticas, não leve em consideração o valor estratégico e de negócios. Muitas vezes considera-se GC como a acumulação de recursos pela mineração de experiências e pelo acesso de informações de outras empresas. Não conseguindo ver seu retorno em inovação ou novo produto.
A mensuração do resultado do investimento em GC é assunto no meio corporativo e de consultorias especializadas. Muitas vezes resolvida com a aplicação de métricas de evolução, focadas nos resultados dos programas e nos componentes de GC, mas dificilmente se mensura resultados de negócio. Este é mais difícil mas não impossível.
Li um estudo que destaca que, no tocante aos impactos na GC, os resultados financeiros e não financeiros são construtos diferentes, ou seja, se houver mudanças nas práticas de GC, elas não necessariamente afetarão o desempenho financeiro.
GC envolve gestão de pessoas, sistemas, processos e valores intrínsecos de personalidade e caráter. Administrar um programa desses pressupõe a prática constante e ininterrupta dos conhecidos quatro pilares do conhecimento: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros e aprender a ser.
Aos profissionais da informação, como os arquivistas, que atuam ou tentam implementar programas de GC em empresas, cabe o papel de entender seus componentes, buscando a valorização dessa gestão e buscando respostas para questões de como mensurar o retorno, para a empresa, do investimento realizado em gestão do conhecimento e informação, gernado números e resultados para sua instituição.