GEO e a nova busca por relevância

A otimização de conteúdos digitais passa por uma transformação. Com a chegada de buscadores generativos e chatbots de IA, surge o GEO – Otimização para Mecanismos de Busca Generativa. Mais do que ser encontrado, agora é preciso ser referência.

Consultor em UX Writing e Diretor da Feed Consultoria

Quando pensamos em otimização de conteúdo, o SEO reinou absoluto nos últimos anos. Seu conjunto de técnicas ajudam um site a aparecer bem posicionado em buscadores como Google. O clique é o objetivo final: estar entre os primeiros resultados significa maior visibilidade e mais visitantes.

Mas os buscadores estão mudando. Cada vez mais, a resposta vem em forma de resumo gerado por inteligência artificial, não em uma lista de links. Plataformas como ChatGPT, Perplexity e o próprio Google já oferecem respostas completas, que buscam poupar tempo da pessoa usuária.

De repente, o conteúdo não precisa apenas ser encontrado. Ele precisa ser interpretado, resumido e reutilizado por mecanismos de IA. É aqui que entra o GEO – Generative Engine Optimization.

GEO: ser fonte de resposta, não apenas de cliques

Enquanto o SEO busca atrair visitantes, o GEO busca ser a resposta. Isso significa escrever conteúdos que os buscadores generativos consigam:

– Compreender com clareza, sem ambiguidades.
– Extrair informações em blocos objetivos: listas, perguntas e respostas, texto bem organizado.
– Citar como referência confiável, fortalecendo sua autoridade no assunto.

Um exemplo simples:

– No SEO tradicional, um artigo sobre “planejamento de viagem para Madri” seria recheado de palavras-chave, links internos e subtítulos estratégicos.

– No GEO, além disso, o artigo precisaria oferecer blocos de informação direta: tempo médio de visita aos principais pontos turísticos, opções de transporte, dicas em formato de lista. Assim, o conteúdo pode ser facilmente utilizado por um buscador generativo para construir a resposta.

Como escrever pensando em GEO

A escrita orientada ao GEO exige alguns cuidados que se aproximam bastante das boas práticas de UX Writing:

1. Clareza é fundamental: frases curtas, diretas e sem rodeios.
2. Estrutura lógica: títulos, subtítulos e listas que organizam a informação em blocos.
3. Contexto confiável: dados bem referenciados, linguagem segura e consistente.
4. Foco na pessoa usuária: pensar nas perguntas reais que a pessoa faria e responder de forma objetiva.
5. Escrita em tom conversacional: texto estruturado como um diálogo, de forma natural e acessível.

Assim como buscamos simplicidade nas microinterações, no GEO buscamos simplicidade na forma como a informação é apresentada ao mecanismo de IA. Se o texto é claro para uma pessoa, também será mais fácil de ser processado por um buscador generativo.

GEO é uma mudança de mentalidade

Mais do que uma técnica, o GEO representa uma evolução no jeito de pensar o conteúdo digital. Além de ser facilmente encontrado, o conteúdo deve ser relevante e responder às perguntas das pessoas. A autoridade no assunto e a qualidade do conteúdo estão mais importantes do que nunca.

O desafio, portanto, é o mesmo que já enfrentamos como UX Writers: escrever simples sem ser simplório, oferecer clareza sem perder profundidade, e colocar a necessidade da pessoa usuária no centro da mensagem.

Se antes otimizávamos para aparecer, agora otimizamos para ser lembrados como referência.

 

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