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Legibilidade e leiturabilidade são essenciais para um bom texto digital

Textos legíveis e de fácil leitura podem ser o diferencial para que o seu conteúdo se destaque num universo digital saturado e repleto de distrações.

Consultor em UX Writing e Diretor da Feed Consultoria

Comecei a trabalhar com texto digital na virada do milênio. Vindo da redação publicitária, não tínhamos muita referência sobre como pensar o conteúdo para ser consumido numa tela de computador. A pouca literatura existente na época estava em inglês e foi então que me deparei pela primeira vez com o termo webwriting. Sendo muito novo, o webwriting pegava emprestado do texto jornalístico e publicitário algumas diretrizes para aplicar na internet, como objetividade e clareza. Alguns estudos já mostravam que a leitura numa tela era diferente da leitura no papel. O texto digital era consumido de uma forma mais lenta, lutava com constantes distrações que o mundo digital oferecia, e tinha que se adaptar ao comportamento das pessoas de “escanear” a tela antes de decidir o que seria lido.

 

Legibilidade atrai pelo visual

Por conta de tudo isso, a legibilidade se tornou fundamental para atrair as pessoas à leitura. Ela se refere à facilidade com que o texto pode ser lido e decodificado. É o aspecto visual do texto, e engloba fatores como:

– Tipografia: fontes claras e de tamanho confortável para a leitura, especialmente em telas pequenas.

Espaçamento adequado de linhas e parágrafos, para evitar que o texto pareça “apertado”.

– Contraste de cores para diminuir o desconforto que a luz da tela provoca no olho. Um texto preto sobre fundo branco, por exemplo, reduz a fadiga ocular e facilita a leitura.

– Hierarquia visual, com o uso de títulos, subtítulos e listas para guiar o olhar e organizar o conteúdo, ajudando o leitor a encontrar o que precisa rapidamente.

Quem escreve para a internet não pode pensar apenas no conteúdo do texto, mas também em sua boa formatação para facilitar a leitura na tela. Hoje, com as telas pequenas de celulares, a legibilidade se tornou ainda mais importante. Afinal, um texto claro, legível e bem estruturado pode fazer toda a diferença.

 

Leiturabilidade conquista pela clareza

Enquanto a legibilidade se preocupa com a boa formatação visual do texto, a leiturabilidade trata do conteúdo: a complexidade gramatical, o vocabulário e a coesão textual. Um texto pode ser visualmente atraente, mas se for confuso ou complexo, perde sua eficácia. Ao longo dos anos o webwriting foi lapidando o tipo de construção textual que mais funcionava na internet. Seu filho mais novo, o UX Writing, usou este aprendizado para transformar a navegação da pessoa usuária numa experiência satisfatória.

Para garantir boa leiturabilidade devemos:

– Usar palavras simples e evitar jargões ou termos técnicos, a menos que sejam explicados.

– Conhecer o universo semântico do público para que se possa escolher as palavras mais adequadas ao bom entendimento do texto.

– Escrever frases curtas e diretas para melhorar o entendimento das pessoas, independentemente de nível educacional ou classe social.

– Pensar numa estrutura organizada, com parágrafos curtos e intertítulos para tornar o texto mais fluido e dinâmico.

– Usar recursos visuais como gráficos, tabelas e imagens, que ajudam na compreensão e tornam o conteúdo mais atraente.

 

Como podemos ver, a legibilidade é um pré-requisito para a leiturabilidade. Um texto visualmente claro aumenta as chances de fisgar o leitor para a leitura. Por outro lado, um texto legível, mas mal estruturado ou repleto de palavras complexas, pode frustrar e afastar a pessoa usuária.

Legibilidade e leiturabilidade são mais do que conceitos: são estratégias para garantir que sua mensagem seja não apenas notada, mas compreendida. Lembre-se: um bom conteúdo não apenas informa, mas também engaja e conquista a pessoa usuária.

UX Writing

O texto deve guiar e proporcionar ao seu cliente uma experiência rica e envolvente com os ambientes digitais da sua empresa. Na Feed temos consultores experientes na criação de textos para interface, usando as boas práticas de UX Writing, Microcopy e Webwriting.
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