Foco no usuário: pense no usuário antes dele precisar de você

Conheça a metodologia DIRKS, que possibilita mostrar aos verdadeiros usuários como um sistema pode ser adequado as suas necessidades.

Consultor em UX Writing e Diretor da Feed Consultoria

A preocupação do foco no usuário é presente na ciência da informação, sendo objeto maior da biblioteconomia e há pouco tempo da arquivologia (que até então focava muito mais na informação e não atentava muito ao público final). Porém com o advento da informação digital, eletrônica e de tempo real, tivemos de mirar também as possíveis utilizações da informação pelos usuários. Daí surgiram a ISAD e a NOBRADE que buscam uma certa padronização e, portanto, uma melhor interoperabilidade entre os sistemas de informações de documentos.

Mas isso não é novidade para a arquivologia. Há muito tempo estudo e acompanho a metodologia DIRKS (Designing and Implementing Recordkeeping Systems), elaborada por arquivistas australianos, e que busca criar uma metodologia para desenho de sistemas de gerenciamento de arquivos focada nas necessidades de negócio e nos usuários.

Ai está um grande diferencial da DIRKS, possibilitar mostrar aos verdadeiros usuários como um sistema pode ser adequado as suas necessidades. Pela metodologia nada sai da cabeça de uma só pessoa, um arquivista iluminado, mas sim de um levantamento minucioso, junto aos geradores de documentos, de suas necessidades, demandas e formas que trabalham os documentos.

Pretendo fazer um post só sobre a DIRKS, mas neste post quero falar mais no Foco no Usuário. Porque um arquivista vai, por exemplo, acompanhar um teste de usabilidade de uma intranet? Fiz isso essa semana e levantei alguns dados bem importantes.

Um teste de usabilidade de um sistema ou de qualquer interface de relacionamento precisa ser testada por outras pessoas que não foram as que planejaram. Isso é fato. Eu estava convencido que os colaboradores da empresa onde apliquei o teste achariam com facilidade a biblioteca de documentos do jurídico. Poderiam achar, se localizassem fácil a área jurídica. Acontece que, como estratégia de arquitetura de informação, optamos por não criar links com nome de áreas da empresa (isso é coisa antiga), mas sim criar uma intranet focada em processos. Decidimos criar acessos rápidos a documentos das áreas para mantermos nossa estratégia inicial. Mas isso não seria visto sem o teste de usabilidade.

Enfim, o foco no usuário é importante já no planejamento. Não pense nela quando o usuário precisar da informação. Pense nela nos instrumentos de pesquisa, nas interfaces de sistemas de gerenciamento e na relação direta do usuário com a informação.

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